Um navio da Marinha irlandesa chegou esta quinta-feira a Palermo, na Sicília, com mais de 360 sobreviventes e os corpos de 25 das mais de 200 vítimas do naufrágio de quarta-feira ao largo da costa da Líbia.
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Segundo a agência France Presse (AFP), que cita as autoridades italianas, estão a ser montadas tendas no cais do porto de Palermo para prestar um primeiro auxílio aos sobreviventes, maioritariamente homens.
"Muitas pessoas morreram", afirmou à agência Lusa Regina Catrambone, que juntamente com o marido gere a organização não-governamental "Migrant Offshore Aid Station", que opera um navio que participa na ajuda às embarcações com migrantes.
"Estávamos a 50 milhas náuticas (cerca de 93 quilómetros) da zona, por isso não fomos o navio identificado para realizar o salvamento", em que participaram "três navios governamentais, dois italianos e um irlandês", e "uma embarcação dos Médicos sem Fronteiras".
Regina Catrambone acrescentou que a sua embarcação chegou "muito mais tarde", tendo imediatamente lançado drones (aviões não tripulados) para tentar localizar as "muitas pessoas desaparecidas".
"Fala-se de 600 mortos, quase confirmados, e 200 desaparecidos", salientou.
Segundo a mesma fonte, além dos sobreviventes transportados pela marinha irlandesa, também um navio da marinha italiana está a transportar náufragos para Palermo.