Cerca de 100 pessoas foras detidas e 194 agentes da polícia ficaram feridos desde o início dos protestos na Catalunha contra a sentença que condenou 12 dirigentes políticos catalães, segundo o Governo central.
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O ministro interino do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, disse hoje que não haverá impunidade contra os criminosos que têm provocado distúrbios nas manifestações de protesto na Catalunha, insistindo na ideia de que os provocadores são pessoas ligadas a movimentos organizados que querem alterar a ordem pública.
O ministro referiu que foram feitas 97 detenções, desde o início dos protestos, e que 194 agentes dos Mossos d'Esquadra e da Polícia Nacional ficaram feridos, alguns com gravidade, durante as manifestações. Entre a quase centena de detenções, está a de cerca de 20 jovens, em Vitoria, acusados de cortarem os trilhos de caminho de ferro, no final de uma manifestação convocada por uma organização juvenil independentista.
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O Governo espanhol estima em 627 mil euros os prejuízos em material urbano já causados pelos distúrbios nas ruas e praças de várias cidades catalãs. A estes prejuízos acumulam-se os danos de paralisações em alguns setores económicos, como aquele que afetará a companhia automóvel Seat, que concordou com uma paragem técnica de produção na fábrica de Martorell, em Barcelona, que decorrerá durante a tarde de hoje e todo o dia de sexta-feira.
Para conter os danos e assegurar a ordem pública, a Polícia Nacional de Espanha transferiu hoje um pequeno veículo blindado para Barcelona, para ser usado na dispersão de manifestações mais violentas, segundo as autoridades.
O tanque permite o lançamento de jatos de água de elevada pressão contra os manifestantes e equipamento semelhante já foi usado, na quarta-feira, na concentração organizada pelos Comités de Defesa da República, no centro de Barcelona.