A ideia inicial da célula terrorista que atacou na quinta e sexta-feira, na Catalunha, Espanha, era provocar uma ou várias grandes explosões. Fracassado o plano A, o grupo avançou para o plano B.
Corpo do artigo
A célula terrorista responsável pelos atentados em Barcelona e Cambrils preparava "um ou vários atentados" bombistas na capital catalã, levados a cabo com recurso a pelo menos 120 botijas de gás, que a polícia da Catalunha acabou por encontrar numa casa em em Alcanar, a 200 quilómetros de Barcelona.
Segundo as autoridades, a casa onde foram encontradas as botijas estava a ser ocupada ilegalmente pelo grupo terrorista e foi palco de algumas explosões acidentais, na quarta-feira.
"Começamos a ver claramente que era o local onde estavam a preparar os explosivos para cometer um ou vários atentados na cidade de Barcelona", declarou o chefe da polícia da Catalunha, Josep Lluis Trapero.
Segundo os Mossos d'Esquadra, o acidente de quarta-feira inviabilizou o plano e levou os terroristas a optarem por um outro - já conhecido - modus operandi: abalroar multidões com carrinhas.
Duplo atentado na Catalunha causou 14 mortos
Foi com recurso a uma carrinha que o atentado nas Ramblas, em Barcelona, na quinta-feira à tarde, causou 13 mortos e cerca de 130 feridos, 17 destes em estado crítico.
Num outro ataque, já na madrugada de sexta-feira, uma mulher morreu quando uma viatura investiu contra as pessoas, em Cambrils, uma localidade balnear a cerca de 120 quilómetros de Barcelona.
Cinco terroristas foram mortos pela polícia durante este ataque. O ministro catalão do Interior, Joaquin Forn, relaciona os dois atentados, de Barcelona e Cambrils.
Os dois ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.