Cerca de 20 mil casas e empresas em Berlim continuavam sem eletricidade na manhã desta quarta-feira, mais de 24 horas depois de um incêndio que afetou duas torres de energia, anunciou a companhia Stromnetz Berlin.
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A polícia alemã suspeita de "incêndio criminoso", que teve início na madrugada de terça-feira no bairro de Johannistal, no sudeste da capital alemã. Inicialmente, cerca de 50 mil casas e empresas ficaram sem energia.
Os clientes que voltaram a ter energia foram encorajados a consumir "de forma mais moderada possível" até que toda a rede seja restaurada, disse o porta-voz da rede de distribuição de energia Stromnetz Berlin, Henrik Beuster, à agência de notícia AFP.
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Beuster pediu especialmente que as pessoas evitem o uso de fornos, que consomem muita energia. Em comunicado, a companhia disse esperar que "até quinta-feira à noite, todos voltem a ter eletricidade" naquela região.
Devido ao incêndio, os cabos foram danificados e desligaram-se, o que obrigou a Stromnetz Berlin a desenterrar linhas de energia subterrâneas para realizar trabalhos de restauração da conexão, uma operação que é longa e complexa.
Alguns moradores de um lar de idosos foram transferidos pelos bombeiros para hospitais próximos. Doze escolas afetadas pela falta de energia permaneceram encerradas hoje, assim como várias linhas de elétrico.
O departamento de investigação criminal assumiu o controlo e está a vasculhar a área em busca de pistas. As autoridades policiais anunciaram na terça-feira que suspeitavam de "incêndio criminoso" e não descartaram uma motivação "política".
Numa carta divulgada na plataforma digital de extrema-esquerda Indymedia, um grupo que se autodenomina antimilitarista e anarquista afirmou ter atacado o complexo tecnológico de Adlershof, onde se situam empresas e instituições científicas.
Em agosto, um incêndio criminoso contra a ferrovia alemã tinha já sido reivindicado neste site da Internet.
Hoje, o Governo aprovou um projeto de lei que visa proteger melhor as infraestruturas, especialmente contra atos de sabotagem.