
Parte dos 300 veículos de luxo importados pela Papua Nova Guiné para transportar os líderes dos países que participaram na Cimeira Ásia-Pacífico, no ano passado, não foram devolvidos.
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A polícia da Papua Nova Guiné informou, terça-feira, que está a tentar localizar 284 carros importados e emprestados para transportar os líderes dos países que participaram na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que se realizou na capital do país, Port Moresby, no ano passado.
Após o evento, os veículos não foram devolvidos à Unidade Estadual de Recuperação de Ativos do governo. Entre eles há Toyota Land Cruisers, Fords, Mazdas e Mitsubishi Pajeros. No entanto, todos os 40 luxuosos Maseratis e Bentleys, com o valor de mais de 86 mil euros cada um, foram localizados e recuperados, segundo o agente Dennis Corcoran.
Segundo a polícia, nove dos carros desaparecidos foram roubados. Dos veículos devolvidos, a alguns faltavam peças e outros estavam muito danificados. A polícia acredita que seis dos nove carros roubados ainda estão em Port Moresby, enquanto três deles encontram-se em Monte Hagen.
A importação dos carros para a cimeira, que se realizou em novembro de 2018, foi um dos aspetos mais controversos do evento realizado na Papua Nova Guiné. Na época, tanto os meios de comunicação social como ativistas questionaram se fazia sentido aquele país do Pacífico - que, de acordo com dados de março do ano passado do Banco Mundial, é considerado o 50.º mais pobre do mundo - acolher um evento internacional como a cimeira da Apec.
Com o país a lutar contra um surto nacional de pólio, aumento das taxas de tuberculose e escassez de financiamento para saúde, educação e outros serviços, os críticos viram as centenas de carros de luxo importados como símbolos do desperdício do governo.
Os líderes da nação do Pacífico Sul esperavam que a conferência global atraísse investimentos e chamasse a atenção internacional para o país. Mas a realização do evento ampliou os recursos do país e exigiu assistência de outras nações. A Austrália, os EUA e a Nova Zelândia enviaram elementos das forças especiais para garantir a segurança dos participantes.
