Cerca de 400 milhões de pessoas são privadas do acesso a água potável em África, segundo afirmou esta segunda-feira o primeiro-ministro da Costa do Marfim, considerando que se trata de um obstáculo ao desenvolvimento do continente africano.
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"Devemos estar conscientes de que fornecer água potável e saneamento básico às populações (...) é impulsionar o desenvolvimento do nosso continente", declarou Daniel Kablan Duncan na abertura do Congresso da Associação Africana de Água, que decorre até quinta-feira na Costa do Marfim.
Segundo o chefe do Governo deste país africano, a falta de acesso a água potável tem como consequência que mais de 70% das camas dos hospitais em África estejam ocupadas por pessoas que sofrem de doenças evitáveis e relacionadas com a qualidade da água e saneamento.
Num relatório publicado em 2012, a organização não governamental Save the children estimou que 450 milhões de crianças seriam ameaçadas pela desnutrição nos próximos 15 anos.
A falta de água potável gera doenças fatais em crianças e torna-se um dos principais fatores de desnutrição.
"Este défice limita a plena valorização do potencial humano em África", declarou o primeiro-ministro da Costa do Marfim, lembrando que o continente terá 25% de toda a população mundial em 2050.