Chef espanhol que desmembrou cirurgião colombiano condenado a prisão perpétua

A justiça tailandesa considerou-o culpado dos três crimes de que era acusado: homicídio premeditado, desmembramento e ocultação de cadáver e destruição do passaporte da vítima, avança o jornal "El País". Além disso, foi condenado ao pagamento de uma indemnização de 106 mil euros à família do cirurgião, que dependia dele financeiramente.

O código penal tailandês pune o homicídio com penas de 15 a 20 anos de prisão, prisão perpétua ou pena de morte, sendo que a premeditação é uma condição que pode ditar a aplicação da pena capital. 

Daniel Sancho, filho do conhecido ator espanhol Rodolfo Sancho, confessou o crime, na altura da detenção. O corpo da vítima, de 44 anos, foi esquartejado e deixado em várias partes de Kho Phangan, um paraíso turístico do sudeste asiático. Os restos mortais foram encontrados nos primeiros dias de agosto de 2023. 

No entando, durante o julgamento, o chef recuou, garantindo que Arrieta morreu a tentar evitar uma tentativa de agressão sexual. Das três acusações, Sancho só admitiu uma: a ocultação do cadáver.

Rodolfo Sancho chegou ao tribunal, no sul da Tailândia, pelas 9.15 horas, cerca de 45 minutos antes do início da sessão. Estava acompanhado por Alice Keartjareanlap, a sua conselheira jurídica, que afirmou estar confiante no desfecho do caso.

O chef espanhol e o cirurgião colombiano eram amigos há cerca de um ano. Daniel Sancho nega que tivessem uma relação amorosa. Terão combinado encontrar-se em Kho Phangan para assistir às festividades da lua cheia e discutir negócios, segundo a versão do espanhol.

“Ele era obcecado por mim. Enganou-me, fez-me acreditar que queria era fazer negócios comigo, investir na empresa da qual sou sócio”, disse Sancho, na altura da detenção, citado pela Efe. “Mas era tudo mentira. Só me queria para namorado”, acrescentou, garantindo ter-se tornado refém de Edwin. "Todas as vezes que tentei fugir, ameaçou-me", assegurou.