A antiga analista dos serviços secretos dos EUA, Chelsea Manning, foi detida por se recusar a testemunhar no âmbito da investigação à Wikileaks.
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Um juiz do Estado da Virginia ordenou a detenção de Chelsea Manning até que um grande júri decida sobre o caso em investigação ou a testemunha decida falar.
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Chelsea Manning afirmou que já tinha dito tudo quando foi julgada - foi considerada culpada em 2013 de diversas acusações, incluindo espionagem pela divulgação de documentos militares secretos à Wikileaks. Condenada a 35 anos de prisão, a sentença acabou por ser comutada pelo então presidente Barack Obama, em 2017.
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Os advogados da antiga analista, de 31 anos, pediram - em alternativa à detenção - que a sua cliente ficasse em prisão domiciliária por motivos de saúde, mas o juiz garantiu que lhe seriam providenciados os cuidados médicos necessários.
As autoridades norte-americanas estão a investigar a Wikileaks há anos e, em novembro passado, procuradores dos Estados Unidos acusaram o fundador, o australiano Julian Assange, num "processo secreto" que foi descoberto por engano.
"Não vou compactuar com isto ou com qualquer julgamento", referiu Chelsea Manning em comunicado. "Não vou participar num processo secreto ao qual me oponho moralmente, em particular um que foi historicamente usado para aprisionar e perseguir ativistas políticos".