A embaixada da China na Nova Zelândia apresentou, esta quarta-feira, uma queixa formal, acusando os serviços de segurança do país de assediar e interrogar cidadãos chineses em aeroportos, incluindo a apreensão de aparelhos eletrónicos pessoais.
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Em comunicado, a missão diplomática afirmou que "um cidadão chinês, em trânsito num aeroporto da Nova Zelândia, foi vítima de assédio e interrogatório injustificado pelos serviços de segurança e de informações", acrescentando que os dispositivos digitais do passageiro foram confiscados e alguns não foram devolvidos.
A embaixada, que disse ter identificado outros casos semelhantes, apresentou um protesto junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros neozelandês, exigindo que "esses atos repreensíveis cessem imediatamente".
Pequim "reserva-se o direito de tomar medidas adicionais", afirmou.
A diplomacia da Nova Zelândia respondeu que a legislação relativa à "segurança nacional e segurança das fronteiras" é aplicada "sem discriminação, independentemente do país de origem".
Já a agência de informações neozelandesa assegurou que todas as suas medidas são legais e "sujeitas a rigorosa supervisão independente".
Em meados de agosto, os serviços de informações da Nova Zelândia acusaram a China de tentar interferir nos assuntos internos do país, provocando uma forte reação de Pequim.