Um tribunal de Cantão, no sudeste da China, condenou o ativista chinês Yang Maodong a oito anos de prisão por "incitar à subversão contra o Estado", avançou a organização não-governamental (ONG) Direitos Humanos na China (HRIC).
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Através da rede social Twitter, a ONG avançou que Yang vai recorrer da sentença, proferida pelo Tribunal Popular Intermédio de Cantão. O ativista também foi privado dos seus direitos políticos por um período de três anos.
Na deliberação, o tribunal observou que "durante muito tempo, o réu difundiu comentários inflamatórios na Internet, aceitou entrevistas com a imprensa estrangeira, atacou e caluniou o sistema político da China e incitou outros a subverter o poder do Estado".
Yang Maodong estava desaparecido desde o final de 2021, meses depois de iniciar uma greve de fome, para protestar contra a decisão das autoridades chinesas de impedir que viajasse para os Estados Unidos para cuidar da sua mulher, que fazia quimioterapia naquele país.
O ativista passou anteriormente vários anos na prisão como resultado da sua dissidência e foi libertado em 7 de agosto de 2019, após cumprir uma pena de seis anos de prisão por "perturbar a ordem pública" e "provocar uma briga e causar distúrbios", acusações vagas frequentemente usadas contra ativistas e dissidentes políticos chineses.
O ativista participou numa manifestação contra a censura na província de Guangdong, da qual Cantão é a capital, e numa campanha para que Pequim ratifique o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos.
A mulher e os dois filhos do ativista estão exilados nos Estados Unidos desde 2009.