A China vai enviar dois milhões de máscaras cirúrgicas e 50 mil testes de diagnóstico para a União Europeia (UE) devido ao surto de Covid-19, dois meses após Bruxelas ter doado 50 toneladas de equipamentos médicos a Pequim.
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Numa mensagem vídeo publicada esta quarta-feira na rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou ter falado com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que lhe assegurou "que a China está pronta para disponibilizar 200 mil máscaras N95, dois milhões de máscaras cirúrgicas e 50 mil testes de diagnóstico" à UE.
"A China não se esqueceu que, em janeiro, quando a China era o epicentro do surto, a UE ajudou. Doámos mais de 50 toneladas de equipamento médico", lembra a responsável.
E acrescenta: "Hoje somos o epicentro da pandemia e somos nós que precisamos de equipamentos de proteção".
Ursula von der Leyen garante que a UE está a "acelerar a sua produção e a converter algumas linhas de produção", mas admite que isso "deve demorar algumas semanas".
"Enquanto isso, estamos gratos ao apoio vindo da China", realça a líder do executivo comunitário, adiantando que tal equipamento será "enviado rapidamente para a UE".
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O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82500 recuperaram da doença.
A China registou nas últimas 24 horas 11 mortos e 13 novos casos infeção pela Covid-19, mas só um é de Wuhan, todos os outros 12 são importados.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80894 infeções diagnosticadas, incluindo 69601 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3237.
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O número de infetados ativos no país fixou-se em 8056, incluindo 2622 em estado grave.
Wuhan, em quarentena desde 23 de janeiro passado, é a região mais afetada no mundo pela doença, com 2490 mortes.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2503 mortes para 31506 casos, o Irão, com 1135 mortes (17350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13716 casos) e a França com 175 mortes (7730 casos).
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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