As autoridades de Chipre lançam na segunda-feira um programa de repatriamento de migrantes que incluirá pagamentos aos refugiados sírios que regressem voluntariamente a casa, permitindo que um adulto de cada família permaneça em território cipriota para trabalhar.
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O ministro das Migrações, Nicholas Ioannides, indicou que estes incentivos financeiros começarão a ser pagos a partir da próxima semana, sempre no âmbito de um “programa voluntário” de regresso das famílias dos migrantes ao território sírio, segundo informações do diário "Cyprus Mail".
Ioannides indicou que o programa está a ser desenvolvido em coordenação com a União Europeia (UE) e recordou que Chipre é um dos países com maior número de migrantes sírios per capita.
Destacou também o “período de transição de vital importância” que a Síria atravessa, na sequência da queda, em finais do ano passado, do regime do antigo presidente, Bashar al-Assad.
“O êxito da reconstrução síria dependerá da vontade política, da cooperação internacional e, acima de tudo, do papel ativo do povo sírio”, sublinhou, referindo que, dos 2500 sírios que retiraram recentemente os seus pedidos de asilo ou renunciaram ao seu estatuto de proteção temporária, cerca de 2400 regressaram ao país de origem.
O plano, centrado nas famílias de migrantes, estabelece que, no caso de o pai ser o único a permanecer em solo cipriota, a sua mulher possa contar com uma autorização especial de residência e de trabalho por um período de dois anos, com possibilidade de renovação. O resto da família terá de abandonar a ilha: no caso de a mulher regressar à Síria, o Governo oferecerá dois mil euros; por cada criança repatriada, serão oferecidos mil euros.