A forte tempestade que afeta os Estados Unidos com nevões intensos e ventos polares já causou 17 mortos e deixou, este sábado, 1,7 milhões de pessoas sem eletricidade e milhares de passageiros retidos devido ao cancelamento de voos.
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Pelo terceiro dia consecutivo, grande parte dos Estados Unidos sentiu temperaturas perigosamente gélidas. Estão oficialmente confirmadas 17 mortes relacionadas com a tempestade, em oito estados.
Este "ciclone bomba", tempestade definida como "única numa geração" pelo Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, sigla em inglês), provocou, este sábado, o cancelamento de mais de 2300 voos e o atraso de outros 5300, um dia depois de quase seis mil descolagens terem sido canceladas, segundo o site especializado FlightAware.
O secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, referiu na rede social Twitter que "as interrupções mais extremas ficaram para trás, à medida que as operações das companhias aéreas e dos aeroportos são retomadas gradualmente".
Muitos viajantes retidos nos aeroportos de Atlanta, Chicago, Denver, Detroit e Nova Iorque mantinham a esperança de que um milagre de Natal lhes permitisse chegar aos seus destinos a tempo das comemorações com as famílias.
Segundo o site Poweroutage.us, os estados mais afetados pelos cortes de energia são a Carolina do Norte, Maine e Tennessee.
O gelo nas estradas também provocou o encerramento de rotas importantes, como a Interestadual 70, que atravessa o país, onde foi interditada a circulação no Colorado e Kansas.
Em cidades como Denver ou Chicago, foram abertos abrigos para permitir que pessoas se aquecessem e se protegessem do risco de hipotermia.
A tempestade deve durar todo o fim de semana, até que as temperaturas se normalizem, em meados da próxima semana, de acordo com as previsões do NWS. Até lá, "se tem que viajar ou ficar ao ar livre, prepare-se para o frio extremo com várias camadas de roupa e cobrindo o máximo de pele possível", recomendou o serviço de meteorologia. "Em alguns lugares, permanecer do lado de fora pode causar o congelamento em questão de minutos."