Doze organizações de ciganos búlgaros protestaram hoje, sábado, "contra a política de discriminação do Governo" francês "contra os ciganos da Bulgária e da Roménia", numa carta ao presidente Nicolas Sarkozy, entregue na embaixada da França em Sófia.
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“As pessoas que expulsais não cometeram crimes. Se assim fosse, elas seriam detidas e acusadas. (...) Estas pessoas são expulsas devido à pobreza”, escreveram os membros destas organizações.
“A Europa está connosco”, gritaram os cerca de 150 manifestantes que se reuniram pela primeira vez diante da embaixada francesa na capital búlgara, desde que aumentaram as expulsões de ciganos pela França, no início de Agosto.
Os manifestantes exibiam cartazes proferindo “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, “Sarkozy legalizou o racismo” e “Pobre não significa criminoso; não às deportações”.
Em frente à embaixada, os intervenientes exigiram que a França “peça desculpa e não recorra mais a actos de discriminação”.
Numa carta aberta ao primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, as organizações ciganas manifestaram insatisfação com a integração política de ciganos conduzido por Sófia.
“É imperdoável que os ciganos sejam considerados um peso social e um perigo para a ordem pública”, de acordo com esta carta.
Os 700 mil ciganos da Bulgária, quase 10 % da população, vivem na pobreza.
Cerca de 150 deles foram expulsos de França desde o início do ano, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro.