Cimeira da Amazónia arranca com promessa do fim da desflorestação até 2030 e críticas ao imperialismo
Lula da Silva quer que Brasil acabe com desflorestação na região até 2030. Véspera e dia do evento marcados por protestos contra exploração de petróleo e pelos direitos indígenas.
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“Nunca foi tão urgente retomar e ampliar” a cooperação regional na Floresta Amazónica, afirmou esta terça-feira Lula da Silva durante a abertura da Cimeira promovida pela Organização do Tratado de Cooperação Amazónica (OTCA) em Belém, no estado brasileiro do Pará. O evento, que termina na quarta-feira, reúne governantes de países que partilham parte da maior floresta tropical do Mundo e convidados, para a discussão de questões como as alterações climáticas e ações conjuntas.
“Há 14 anos não nos reuníamos. É a primeira vez num contexto de severo agravamento da crise climática”, salientou o presidente brasileiro, que prometeu o fim da desflorestação na região até 2030, destacando o diálogo com as lideranças locais. O Brasil esteve afastado do tema ambiental nos últimos anos, sobretudo durante o Governo de Jair Bolsonaro, que foi permissivo e até incentivou atividades predadoras dos recursos da Amazónia, como a mineração e a desflorestação para a exploração de pastos e madeira, além de atacar os direitos dos indígenas.