Evento organizado pela Rússia, que começou esta terça-feira, tenta mostrar que o país – e Vladimir Putin – não está isolado entre os países do Sul Global. Encontro é marcado por reuniões bilaterais, com presença de China, Índia, Brasil, Irão e países emergentes.
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A cimeira dos BRICS arrancou na cidade russa de Kazan, no primeiro encontro oficial do grupo de economias emergentes desde a expansão em janeiro, quando Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul receberam Irão, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Já no primeiro dos três dias, o tom do que o Kremlin considera “o maior evento de política externa realizado” pelo país deixou claro que os BRICS vão continuar a desafiar liderança global encabeçada pelo Ocidente.
“Acredito que este tipo de associações pode ser uma saída para o totalitarismo dos Estados Unidos e pode eclipsar o unilateralismo que continua a impor sanções contra qualquer Governo que queira”, defendeu o presidente iraniano Massoud Pezeshkian, antes de partir para a cimeira. Teerão, na iminência de uma retaliação israelita, terá a oportunidade de reunir-se com diversos líderes mundiais, num fórum com 36 países e marcado pelos encontros bilaterais.