Cinco turistas israelitas foram detidos em Chipre, na segunda-feira, devido a uma alegada violação coletiva de uma jovem britânica no popular resort de Ayia Napa.
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Os cinco homens, com idades entre 19 e 20 anos, foram presos no domingo depois de uma turista britânica de 20 anos ter dito à polícia que foi violada coletivamente num quarto de hotel da ilha mediterrânea, de acordo com a AFP. Os israelitas compareceram perante o tribunal distrital de Paralimni, na costa sudeste, onde foram mantidos sob custódia durante oito dias sob suspeita de violação, disse a polícia.
Segundo a Agência de Notícias do Chipre, financiada pelo Estado, as detenções ocorreram depois de a polícia obter depoimentos de testemunhas para apoiar a alegação da britânica.
O site cipriota "Philenews" avança que os alegados agressores e a vítima vão ser submetidos a exames médicos.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que a embaixada israelita em Chipre recebeu a informação na manhã de segunda-feira de que seis israelitas foram presos por “suspeita de violação de uma turista britânica”. O ministério disse que as autoridades estão em contacto com as autoridades cipriotas, bem como com as famílias dos israelitas detidos.
O caso assemelha-se a um outro incidente ocorrido há quatro anos, quando 12 israelitas foram presos por violação coletiva de uma adolescente britânica. Foram libertados depois de a jovem ter retirado o seu depoimento policial, mas disse que a polícia a pressionou a fazê-lo. A britânica foi condenada em 2020 por causar danos públicos e recebeu pena suspensa de quatro meses de prisão. Em 2022, o Supremo Tribunal anulou a condenação em recurso, depois de os advogados de defesa terem argumentado que tinha havido um erro judicial. Mais tarde, a polícia disse que examinaria se foram cometidos erros durante a investigação.
Chipre é um destino popular para turistas israelitas. Os números oficiais de julho mostram que foram o segundo maior grupo de visitantes, representando 10,2%, ou mais de 46.400 chegadas, atrás do maior mercado, o Reino Unido, que representou 34,8% das chegadas.