Kiev alega que Moscovo usou bombas de fragmentação na investida que atingiu o “castelo de Harry Potter”, para "matar o maior número possível de civis".
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Um ataque com um míssil balístico Iskander teve como alvo na segunda-feira uma instituição educativa situada junto ao mar no porto ucraniano de Odessa, no sudoeste do território, edifício conhecido como “castelo de Harry Potter”. Da investida resultaram pelo menos cinco mortos e 32 feridos, oito deles em estado grave, incluindo uma criança de quatro anos. Segundo o Ministério Público ucraniano, Moscovo recorreu a munições de fragmentação no ataque, para “matar o maior número possível de civis”.
Nas imagens hoje divulgadas, era visível todo o telhado do castelo em chamas e espessas núvens de fumo negro. "O ataque foi levado a cabo com um míssil balístico Iskander com munições de fragmentação na ogiva. É um armamento indiscriminado", referiu o Ministério Público (MP) em comunicado, assinalando que foram encontrados fragmentos do míssil num raio de 1,5 quilómetros.
O MP salienta que “há razões para acreditar que a decisão de utilizar este armamento” no ataque russo tinha como objetivo "matar o maior número possível de civis ucranianos". O edifício em causa é alegadamente residência do ex-deputado ucraniano Serhiy Kivalov, que está entre os feridos.
As bombas de fragmentação consistem em munições que rebentam no ar e libertam centenas de submunições explosivas, que se dispersam por uma vasta área do território, podendo assim atingir mais alvos. Podem ser lançadas a partir de aviões, mísseis ou peças de artilharia.
Duas mortes em Kharkiv
Já hoje, um outro ataque matou pelo menos duas pessoas e feriu outras seis na cidade de Kharkiv, no Leste da Ucrânia, junto à fronteira com a Rússia.
Segundo o governador local, Oleh Synehubov, as forças russas usaram bombas guiadas numa investida que danificou um edifício residencial num dos bairros da cidade. Kharkiv tem sido um alvo frequente desde o início da invasão russa.