Israel deu início, na quinta-feira à noite, a uma operação terrestre na Faixa de Gaza, após dez dias de ataques que já fizeram mais de 240 mortos. O objetivo desta operação é proteger os israelitas e esmagar o Hamas, refere o Exército israelita. Cinco palestinianos, entre os quais um bebé de cinco meses, são as primeiras vítimas desta nova fase da ofensiva contra "a infraestrutura de terror do Hamas".
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"Após dez dias de ataques aéreos, marítimos e terrestres do Hamas e de recusas sucessivas para acalmar a situação, o exército lançou uma operação terrestre na Faixa de Gaza", indicou Israel num comunicado militar.
O Exército acrescenta que o objetivo desta operação é proteger os israelitas e esmagar o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
A ofensiva terrestre vai incluir ações de infantaria, artilharia e inteligência, apoiadas pela Aviação e pela Marinha, refere ainda o comunicado.
"O objetivo das Forças de Defesa de Israel (FDI), tal como foi definido pelo Governo israelita, é conseguir que os cidadãos israelitas possam viver em segurança sem a continuação do terror indiscriminado e infligir um golpe significativo à infraestrutura de terror do Hamas", sustenta o comunicado.
O governo israelita aprovou a mobilização de mais 18 mil reservistas adicionais, no âmbito do início da ofensiva terrestre, elevando para 60 mil os militares na reserva disponíveis, indicou um porta-voz militar à agência AFP.
Cinco palestinianos mortos
Cinco palestinianos, entre os quais um bebé, morreram na noite de quinta para sexta-feira no início da incursão terrestre israelita na Faixa de Gaza, segundo os serviços de emergência locais.
O porta-voz dos serviços de urgência daquele território, Achraf al-Qudra, atualizou o balanço, que contabilizava inicialmente duas vítimas, para três mortos em Rafah, no sul do enclave palestiniano, entre os quais um bebé de cinco meses e um homem de 22 anos, e mais dois em Beit Hanun, no norte.
Com estas vítimas eleva-se para pelo menos 246 o número de palestinianos mortos desde o início da operação israelita em Gaza, a 8 de julho, segundo os serviços de urgência palestinianos.
O Egito denunciou a "escalada" israelita em Gaza e pediu às partes em conflito que aceitem a sua proposta de tréguas, indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Hamas avisou que o Estado hebreu vai "pagar um preço alto" por esta nova escalada.
"Perante as táticas do Hamas de potenciar as vítimas civis em busca dos seus objetivos terroristas, as FDI vão continuar os seus esforços sem precedentes para limitar danos civis", salientou o Exército.
Uma organização não-governamental que opera naquela região afirmou que 80% dos mortos são civis.