
Cinemas dos Estados Unidos anunciaram, esta segunda-feira, que vão exibir a comédia produzida pelos estúdios "Sony Pictures" sobre o assassinato do líder da Coreia do Norte, desafiando ameaças de ataques informáticos.
O filme "Uma entrevista de loucos" ('The interview', no título original)" - uma conspiração da agência de espionagem CIA para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-Un - tem estreia marcada para esta quinta-feira, dia de Natal, a data prevista de exibição antes de a Sony ter sido alvo do pior ciberataque registado nos Estados Unidos.
Os estúdios garantem que nunca quiseram cancelar a comédia sobre a Coreia do Norte, depois de Obama ter afirmado que o cancelamento se tratou de um erro. O presidente disse que iria existir uma resposta proporcional ao ataque informático e o certo é que a Coreia do Norte está a sofrer sucessivos cortes nas ligações à Internet.
O ataque paralisou o sistema informático da Sony e incluiu a difusão, na Internet, de cinco filmes dos estúdios, alguns ainda por estrear, de dados pessoais de 47 mil empregados, de documentos confidenciais, como o argumento do próximo filme da saga James Bond, e de um conjunto de mensagens de correio eletrónico embaraçosas para os dirigentes da Sony.
Os Estados Unidos responsabilizaram a Coreia do Norte pelo ataque, que foi reivindicado pelo grupo de piratas informáticos GOP, e exigiram uma indemnização para a Sony.
A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento no ataque e ameaçou Washington com represálias caso seja alvo de sanções.
O Governo dos Estados Unidos aplaudiu a decisão dos estúdios Sony exibirem o filme. "O nosso país acredita na liberdade de expressão e no direito à livre expressão artística", comunciou Eric Schultz, porta-voz da Casa Branca., acrescentando que "a decisão da Sony (...) vai permitir ao público formar a sua própria opinião sobre o filme".
