O empresário Guiilermo Shonlein, cofundador da OceanGate, que realizava viagens aos destroços do navio Titanic com o submersível "Titan", recusa críticas sobre a segurança da empresa.
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Guiilermo Shonlein, cofundador da empresa OceanGate, que realizava viagens aos destroços do navio "Titanic" com o submersível "Titan", contestou as críticas relativas à segurança da empresa e do submersível.
"As pessoas limitam-se a falar da certificação de segurança e ignoram os 14 anos de desenvolvimento do submersível 'Titan'", refutou Shonlein à emissora britânica BBC Radio 4.
Guillermo Shonlein, norte-americano de origem argentina, deixou a empresa há 10 anos, mas ainda possui uma participação minoritária na OceanGate e garante que as críticas sobre o desastre do Titan - que provocou a morte aos cinco ocupantes - são resultado da "falta de informação".
De acordo com o cofundador da empresa, "qualquer especialista, incluindo [o realizador de cinema James] Cameron, também admitirá que não estavam presentes quando o submersível foi projetado, nem estavam presentes durante o processo de engenharia, nem durante a construção".
O sócio minoritário da empresa diz ainda que o veículo subaquático foi submetido, na altura da construção, a um rigoroso programa de testes. Para Shonlein, o incidente é uma "trágica perda para os exploradores oceânicos". O cofundador da empresa acrescenta ainda que qualquer pessoa que "trabalha no mar, conhece o risco de estar sob a pressão (oceânica)" e o "risco de uma implosão".
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou, esta quinta-feira, que os escombros encontrados na área dos destroços do "Titanic" correspondiam à parte externa do submersível desaparecido no domingo, que terá sofrido uma "implosão catastrófica" sem deixar sobreviventes.
A implosão terá ocorrido perto do naufrágio do "Titanic", para onde o submersível se dirigia, referiram as autoridades da Guarda Costeira numa conferência de imprensa, após terem notificado as famílias das vítimas.
"Os destroços são consistentes com a perda catastrófica da câmara de pressão", frisou o contra-almirante John Mauger, do Primeiro Distrito da Guarda Costeira norte-americana. A empresa OceanGate, que organizou a expedição, tinha difundido momentos antes a informação de que os cinco passageiros do submersível Titan estavam mortos.
Ainda se desconhece se a implosão ocorreu no domingo ou nos dias seguintes, em que decorreu uma busca internacional para encontrar o submersível desaparecido. A zona onde se encontram os destroços do Titan está localizada a 488 metros dos escombros do Titanic.