Pelo menos 22 pessoas morreram e 16 ficaram feridas no sábado, na Bolívia, depois de um camião colidir de frente com um autocarro que se dirigia ao Chile, informou a polícia, que considerou o acidente o mais grave deste ano.
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As autoridades publicaram, este domingo, nas redes sociais, um novo balanço do acidente, com um total de 22 mortos, dos quais apenas 14 foram identificados, e 16 feridos.
Em comunicado, o Chile confirmou que uma das pessoas que morreu era chilena e que outros cinco ficaram feridos na colisão.
A colisão aconteceu numa estrada perto da cidade de Santiago de Callapa, a 154 quilômetros de La Paz, uma rota comercial e turística movimentada entre a Bolívia e o norte do Chile.
Os motoristas dos dois veículos morreram no acidente, de acordo com a polícia.
As autoridades bolivianas descreveram este acidente como o mais grave do país em 2024. O segundo pior aconteceu a 4 de abril, quando uma colisão numa estrada movimentada no sudoeste do país deixou 14 mortos e dois feridos.
Uma fonte policial informou ao canal Unitel que o autocarro envolvido no acidente viajava em direção ao Chile, explicando que as primeiras investigações revelam que o motorista "invadiu" a faixa contrária para tentar ultrapassar outro veículo.
"Nestes lugares não dá para ultrapassar. O camião fez aquela manobra proibida e por isso tivemos este lamentável acidente", admitiu a fonte.
Imagens divulgadas pela Unitel mostram a frente do autocarro estilhaçada e a lateral do camião destruída. As gravaç~eos também mostravam alguns corpos espalhados na estrada.
A corporação de bombeiros local foi responsável pelo resgate dos passageiros de ambos os veículos.
Mercadoria queimada
A polícia informou ainda que recebeu uma denúncia de alguns moradores sobre o camião, que estaria a transportar mercadorias contrabandeadas.
Esta estrada, bem como outras que ligam a Bolívia aos portos chilenos de Arica e Iquique, são rotas frequentemente usadas para comércio ilegal e para o transporte de carros roubados.
Os acidentes rodoviários na Bolívia, segundo dados do governo, provocam em média 1400 mortos por ano e as principais causas são imprudência dos motoristas e falhas mecânicas.