Com vitória de partido anti-Islão e anti-UE, como será o próximo Governo neerlandês?
O Partido pela Liberdade (PVV), de extrema-direita, superou as expectativas até mesmo das sondagens às bocas das urnas e conquistou quarta-feira 37 assentos no Parlamento neerlandês. Mas para Geert Wilders tornar-se primeiro-ministro, o partido anti-islão e anti-União Europeia (UE) terá que fazer coligações.
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Com 150 cadeiras divididas entre 15 forças políticas, a tradicionalmente fragmentada câmara baixa do Parlamento terá agora a missão de encontrar os números necessários para formar um novo Executivo. Os deputados elegerão um "informador", que deverá sondar os partidos sobre as possibilidades de alianças, e este indicará um "formador" – normalmente o líder do partido em primeiro lugar nas eleições –, que deverá concretizar um acordo de coligação.
O número de apoios necessários é 76 para uma maioria absoluta. O cenário mais provável é uma aliança entre o PVV; o Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VVD), do chefe de Governo demissionário Mark Rutte (24 assentos); e o Novo Contrato Social (NSC), que estreia-se com 20 deputados eleitos. A coligação resultaria em 81 votos.