Alguns utilizadores de redes sociais deram conta de que começaram a seguir as contas oficiais de Melania e Donald Trump, de J.D. Vance e da Casa Branca no Facebook de forma automática. A Meta, dona da plataforma, fala num processo normal de transição dos perfis para a nova Administração norte-americana.
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As redes sociais da Meta estão, mais uma vez, debaixo de fogo. Após vários utilizadores acusarem a empresa de esconder os resultados de pesquisa sobre "democrata" e "liberal" no Instagram, multiplicam-se os relatos de quem, sem querer, passou a seguir os perfis oficiais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da mulher, Melania Trump, do vice-presidente, J.D. Vance, e da Casa Branca no Facebook.
O diretor de comunicação da Meta, Andy Stone, explica que se estes utilizadores seguiam as contas durante a Administração Biden, é natural que agora sigam Donald Trump e J.D. Vance, já que a Presidência mudou, mas os perfis são os mesmos. "As contas são geridas pela Casa Branca e mudam quando o ocupante da Casa Branca muda", lê-se numa publicação no X.
A declaração de Andy Stone foi, mais tarde, corroborada por Katie Harbath, uma ex-funcionária do Facebook que integrou a "equipa que criou as primeiras formas" de fazer esta transição. "Quando Trump ganhou, em 2016, tivemos de transferir as contas oficiais criadas, pela primeira vez, pela equipa do presidente Obama. O mesmo aconteceu durante a transição de Trump para Biden", contou. Harbath explicou que os perfis antigos são arquivados, mas o número de seguidores mantém-se. "A maioria das plataformas funciona desta forma", acrescentou.
Estas explicações poderiam arrumar o assunto de vez, mas alguns utilizadores asseguram que nunca seguiram Biden ou Harris e, desde a tomada de posse da nova Administração, passaram a seguir Trump e Vance de forma automática.
As acusões de parcialidade política intensificaram-se após o anúncio de que a Meta vai encerrar todos os programas de verificação de factos, adotando uma política semelhante às "Notas de Comunidade" da rede social X. Nas últimas semanas, Mark Zuckerberg viajou para Mar-a-Lago, a mansão de Trump na Flórida. Terá também doado um milhão de dólares (cerca de 960 mil euros) para a organização da tomada de posse da Administração Trump, na qual apareceu ao lado de Elon Musk, dono do X, Jeff Bezos, fundador da Amazon, e Sundar Pichai, CEO da Alphabet, a dona da Google.