Comissão considera deputado britânico culpado de "comportamento sexual indesejado"
Uma comissão independente do Parlamento britânico recomendou uma suspensão de dois dias ao deputado do Partido Nacional Escocês (SNP) Patrick Grady, considerando-o culpado de "comportamento sexual indesejado" a um membro mais novo da sua equipa em 2016.
Corpo do artigo
Segundo o relatório, o deputado, de 42 anos, "tocou e acariciou o pescoço, cabeço e costas" do queixoso, 17 anos mais novo.
"Lamento profundamente o meu comportamento e lamento profundamente as minhas ações e as suas consequências", realçou esta terça-feira Patrick Grady perante a Câmara dos Comuns.
Este é o mais recente episódio de uma longa série de casos de abuso sexual e má conduta por parte de parlamentares britânicos.
Conforme divulgado pelo jornal The Times em abril, os serviços de reclamações do Parlamento tinham em mãos cerca de 70 processos relativos a 56 deputados.
Em maio, a Câmara vetou a entrada de um deputado, cuja identidade foi divulgada, detido num caso de violação e abuso sexual, crimes alegadamente cometidos entre 2002 e 2009.
No mesmo mês, o conservador Imran Ahmad Khan foi condenado a 18 meses de prisão por agredir sexualmente um jovem de 15 anos em 2008.
Também em maio, um tribunal determinou que o ex-membro do Partido Trabalhista Mike Hill pagasse 434 mil libras (cerca de 500 mil euros) a uma ex-funcionária que o tinha processado por assédio durante 16 meses.
Apenas algumas semanas antes, o colega Tory Neil Parish renunciou ao cargo depois de admitir que assistiu a pornografia, por duas vezes, no seu lugar na Câmara dos Comuns.
Em abril, os conservadores expulsaram David Warburton após várias acusações de alegada agressão sexual e, em novembro de 2021, suspenderam temporariamente Rob Roberts depois do comité independente ter determinado que este abusou de um dos seus funcionários.