Plano anunciado pelo presidente Donald Trump, que pressupõe a transferência forçada dos palestinianos para países vizinhos, desencadeou indignação de Berlim a Pequim e Moscovo.
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Indignação e espanto têm sido recorrentes mediante os sucessivos anúncios do novo presidente norte-americano, que ainda não completou sequer um mês de mandato. Perante a mais recente proposta do líder da Casa Branca, lançada na noite desta terça-feira, de que os Estados Unidos assumam o controlo da devastada Faixa de Gaza para ali criar uma “Riviera do Médio Oriente”, e arredar os 2.3 milhões de palestinianos do seu próprio território, o Mundo estarreceu; da Europa à China e Rússia, sem excluir uma das nações árabes com maior capital de influência, a Arábia Saudita. “Toda a gente adora a minha proposta”, atirou hoje Trump na Sala Oval, alheado da sonora condenação de aliados e adversários.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi o primeiro líder que Trump recebeu na Casa Branca, e foi ao lado dele, em conferência de imprensa, que o presidente norte-americano prometeu que os Estados Unidos irão “tomar posse” de Gaza, torná-la sua, assumindo o controlo total do território, não descartando em tal empreitada o envio de tropas norte-americanas, num anúncio tido como chocante até para os padrões da sua ainda curta presidência.