Condutor de autocarro escolar que matou aluna em França testou positivo para drogas
O condutor do autocarro escolar envolvido num acidente em França, na manhã desta quinta-feira, que resultou na morte de uma adolescente e deixou 20 alunos feridos, acusou positivo num testes de drogas, anunciou hoje a Procuradoria.
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Um teste de saliva para deteção de substâncias estupefacientes efetuado ao condutor de 26 anos “deu positivo”, anunciou a Procuradoria de Chartres, a oeste de Paris.
“Foi imediatamente recolhida uma amostra de sangue para realizar uma análise urgente que confirmará ou não a presença de estupefacientes no sangue do condutor do autocarro”, declarou o procurador Frédéric Chevallier, num comunicado de imprensa.
Os resultados do teste sanguíneo de toxicologia são esperados ainda hoje, já que o teste de saliva não confirma que o condutor estava sob a influência de drogas, podendo tratar-se de efeito de medicamentos.
O condutor deu uma primeira explicação, afirmando que “se tinha cruzado com um veículo que circulava demasiado perto da linha divisória, tentou evitá-lo e acabou por cair na valeta”, acrescentou Frédéric Chevallier.
O condutor, que transportava 35 alunos e não tem antecedentes criminais, foi detido e a procuradoria abriu um inquérito por homicídio involuntário e lesões não intencionais.
De acordo com um relatório provisório, uma estudante de 15 anos morreu e 20 alunos ficaram feridos, dos quais encontram-se em “emergência relativa” 14, que “foram transportados para o hospital de Châteaudun”.
Um primeiro balanço dava conta de cerca de 40 feridos, entre os quais 31 alunos.
O ministro dos Transportes, Philippe Tabarot, deslocou-se ao local ao meio-dia, afirmando estar comovido com “uma tragédia” que abalou profundamente o país.
Philippe Tabarot anunciou que tinha remetido o caso para o Gabinete de Investigação de Acidentes de Transportes Terrestres (BEA) para determinar as circunstâncias exatas do acidente com o autocarro, em paralelo com o inquérito judicial.
“Os especialistas nestas matérias poderão dizer o que se passou com a condução, a velocidade, o equipamento, a estrada, quem foi responsável por quê, se é que houve alguém, e se houve ou não outros veículos envolvidos”, explicou.
Foi ativada uma unidade de emergência médica e psicológica “para apoiar as vítimas e as suas famílias”.
Também a ministra da Educação, Elisabeth Borne, informou que visitará o liceu Emile-Zola de Châteaudun (no centro do país), onde a vítima mortal estudava, na segunda-feira de manhã.