O confinamento consequente do novo coronavírus levou as pessoas a passarem um maior período de tempo em frente aos ecrãs, nomeadamente durante o horário de trabalho. A instituição "Fight for Sight aconselha a adoção da regra 20-20-20 para proteger a visão e evitar o cansaço visual.
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A nova pesquisa financiada pela instituição de caridade "Fight for Sight", no Reino Unido, centrou-se numa amostra representativa de dois mil adultos. 49% dos inquiridos referiu que começou a utilizar mais os ecrãs com a chegada da covid-19 e 33% notaram que o tempo passado em frente a estes dispositivos aumentou para mais de duas horas. Um terço acredita que a visão piorou, nos últimos tempos.
As pessoas relataram que existe uma maior dificuldade de leitura, bem como dores de cabeça e um nível de visão noturno mais fraco. A pesquisa descobriu que um em cinco adultos tem uma menor probabilidade de ir ao oculista agora do que antes da pandemia, uma vez que têm medo apanhar o vírus, avança a BBC.
A instituição especialista em saúde ocular aconselha a adoção da regra 20-20-20, que consiste em olhar para algo a 20 metros de distância durante 20 segundos, após estar a olhar para um ecrã num período seguido de 20 minutos, de forma a diminuir o cansaço visual e a proteger a visão.
Com a implementação do teletrabalho, a "Fight for Sight" reforça que é importante realizar pausas diárias, mas é também recomendado vigiar a saúde ocular e fazer exames oftalmológicos periódicos. "Mais de metade de todos os casos de perda de visão são evitáveis através de métodos de deteção precoce e prevenção. Os testes regulares aos olhos podem frequentemente detetar condições de ameaça à visão sem sintomas", explica Sherine Krause, chefe-executiva da "Fight for Sight".
Apesar de ainda não existirem estudos suficientes para concluir efetivamente a influência do aumento do tempo em frente ao ecrã face à deterioração da visão, a pesquisa tem como objetivo realçar a importância de realizar exames regulares e relembrar que "as maiorias das oculistas estão abertas para consultas durante o confinamento".