Dezoito manifestantes ficaram feridos, esta terça-feira, devido a confrontos com polícia em Tanta, no Egito. Os confrontos ocorreram durante o enterro do ativista Mohamed al-Guindi, um jovem de 28 anos que terá falecido, na passada segunda-feira, vítima de abuso policial.
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Pelo menos 18 manifestantes ficaram feridos no Egito em violentos confrontos com a polícia, na madrugada desta terça-feira, segundo indicou fonte do ministério da Saúde.
Segundo o mesmo responsável, citado pela agência AFP, os confrontos ocorreram em Tanta, junto ao delta do Nilo, onde, de acordo com testemunhas, as forças antimotim usaram gás lacrimogéneo e dispararam contra manifestantes que tinham atirado pedras, durante o funeral do ativista Mohamed al-Guindi.
O chefe da polícia da região, Hatem Othman, indicou que os manifestantes incendiaram uma viatura blindada das forças policiais e lançaram "cocktails Molotov" contra a câmara e contra a polícia.
"Nós prendemos os jovens que incendiaram a viatura blindada. São oito ou nove", acrescentou, em declarações à cadeia televisiva ONTV.
Mohamed al-Guindi, 28 anos, desapareceu na Praça Tahrir, no Cairo, onde participou de uma manifestação por ocasião do segundo aniversário da revolta anti-Mubarak, a qual ganharia a forma de um protesto contra o atual chefe de Estado, o islamita Mohamed Morsi.
Segundo os seus advogados, o ativista foi alvo de tortura num acampamento da polícia, antes de ser levado para o hospital, onde, segundo o ministério da Saúde, foi admitido já inconsciente e com uma hemorragia interna, tendo entrado em coma e sucumbido, na segunda-feira.