Mais de 30 pessoas morreram e centenas ficaram feridas na capital da Líbia quando uma revolta de moradores contra o domínio de uma milícia degenerou em confrontos armados.
Corpo do artigo
Explosões e tiros abalaram vários bairros de Tripoli durante a noite, depois da violência de sexta-feira. O último balanço anunciado pelo governo líbio, e citado pela agência AFP, indica a existência de mais de 40 mortos e mais de 400 feridos.
O pedido do governo para a milícia formada por ex-combatentes rebeldes deixar a capital transformou-se num confronto mortal entre os grupos de homens armados.
As milícias são remanescentes do levantamento de 2011, que derrubou o ditador Muammar Kadafi e são uma força poderosa neste país norte africano, cada vez mais sem lei.
Testemunhas revelaram que durante a noite chegaram "reforços" montados em carrinhas "pick-up" e equipados com armas antiaéreas, vindos da cidade portuária de Misrata, a mesma cena a que se assistiu em alguns dos combates mais brutais do levantamento de 2011.
A violência eclodiu quando homens armados dispararam contra centenas de manifestantes carregando bandeiras brancas, em Gharghour, no sul de Tripoli, onde a milícia Misrata tem a sua sede.
O tiroteio provocou uma resposta violenta, com homens armados a atacar as casas e a incendiá-las.