Apoiantes do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, que começou a ser julgado por assassínio de manifestantes e corrupção, confrontaram-se, esta quarta-feira, com opositores do anterior regime em frente à Academia da Polícia nos arredores do Cairo, onde decorre o julgamento.
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Actos violentos esporádicos foram registados desde o início da manhã. Pelo menos 61 pessoas ficaram feridas, segundo o jornal espanhol "El Pais".
Os dois lados enfrentaram-se com pedras quando a primeira audiência do julgamento foi suspensa para uma pausa, de acordo com a agência noticiosa francesa AFP.
Centenas de pessoas, incluindo famílias das vítimas e jornalistas, estavam concentradas à frente da academia a seguir a audiência através de um ecrã gigante.
Mubarak, que chegou proveniente do hospital de Charm el-Cheikh, onde está internado devido a problemas cardíacos, entrou de maca para uma zona enjaulada na sala de audiência, onde ficou ao lado dos dois filhos, Alaa e Gamal.
Os dois filhos de Mubarak, o ex-ministro do Interior Habib al-Adli e seis adjuntos deste também estão a ser julgados sob as mesmas acusações.
Hosni Moubarak foi forçado a deixar o poder, depois de ter governado o Egito durante 30 anos, a 11 de Fevereiro na sequência de uma contestação popular que durou 18 dias e durante a qual 850 pessoas foram mortas pelas forças de segurança.
MC.
Lusa/Fim
Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.