Nove pessoas morreram e 144 ficaram feridas, várias delas gravemente, em confrontos armados entre cristãos e muçulmanos na noite de sábado no bairro de Imbaba, no Cairo.
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O incidente ocorreu quando um grupo de muçulmanos atacou a igreja Saint Mina por acreditar que os cristãos estavam a deter uma mulher por desejar converter-se ao Islão, para se casar com um jovem muçulmano.
Seis dos mortos são muçulmanos e três são cristãos copta. Segundo a televisão pública, testemunhas afirmam que é impossível saber quem começou o confronto, no qual foram feitos disparos e ataques com bombas molotov.
Os atacantes muçulmanos pertencem à corrente Salafi, uma das mais rigorosas do Islão, que a cada dia está a ganhar mais terreno no Egipto. Segundo fontes oficiais, a calma já voltou àquela área da capital egípcia.
Os coptas, ou cristãos do Egito, representam entre 6 a 10% da população egípcia, estimada em mais de 80 milhões de pessoas.
Polémicas sobre alegadas conversões de cristãos ao Islão, que terão sido sequestrados e detidos em igrejas e mosteiros, estão a provocar tensões desde há um mês entre as duas comunidades.
O primeiro-ministro egípcio, Essam Charaf, convocou uma reunião do gabinete de crise após os violentos confrontos e adiou uma visita aos Emirados Árabes Unidos e ao Bahrein, divulgou este domingo a imprensa oficial local.