Pelo menos 41 palestinianos morreram e 1800 ficaram feridos em protestos junto à fronteira com Gaza contra a transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.
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O Ministério da Saúde palestiniano em Gaza indicou que um rapaz de 14 anos está entre as vítimas mortais.
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Outros 1800 palestinos sofreram ferimentos de bala, por inalação de fumos e por golpes e contusões.
Milhares de palestinianos reuniram-se esta segunda-feira em vários pontos da fronteira e pequenos grupos tentaram aproximar-se das barreiras de segurança que estão fortemente vigiadas pelo exército.
Segundo a agência espanhola EFE, as forças israelitas, que haviam alertado a população para não se aproximarem da linha divisória, dispararam gás lacrimogéneo contra os manifestantes para impedir que eles se aproximassem do portão de segurança.
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O Exército israelita indicou que dez mil "manifestantes violentos" se aproximaram da vedação de segurança e que o exército agiu em conformidade com os procedimentos previstos.
O Comité da ONU para a Prevenção da Discriminação Racial pediu ao Governo de Israel que cesse o "uso desproporcional da força" contra os palestinianos que se manifestam ao longo da fronteira na faixa de Gaza contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.
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Como parte de um mecanismo de "alerta e ação urgente", o Comité instou Israel a abster-se de "qualquer ato que provoque mais vítimas" e que permita aos palestinianos feridos receberem assistência médica.
Na terça-feira, os palestinianos assinalam o "Nakba" (desastre, em árabe), que designa o êxodo palestiniano em 1948, quando pelo menos 711 mil árabes palestinianos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos das suas casas, antes e após a fundação do Estado israelita.