Um relatório da Assembleia Parlamentar conclui que o poder avassalador de Putin, combinado com a ausência de quaisquer mecanismos de controlo, como um Parlamento forte, um sistema judicial independente, meios de comunicação livres e uma sociedade civil ativa, "transformou a Federação Russa numa ditadura de facto".
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O Comité de Assuntos Legais e Direitos Humanos da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa lembra que Vladimir Putin está continuamente no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 2000 e que as alterações feitas à Constituição russa promulgadas em julho de 2020 permitem que ele permaneça no cargo de presidente até 2036, quando terá 83 anos. "A crescente brutalidade da repressão contra oponentes internos e a guerra de agressão contra a Ucrânia mostram a falta de controlos e equilíbrios na Rússia", refere um relatório publicado esta terça-feira. "As ditaduras também destroem os direitos fundamentais e o bem-estar social e económico da sua própria população. Portanto, é do interesse, em primeiro lugar, do povo da Rússia, mas também da Europa e de todo o Mundo, que a democracia seja restaurada na Rússia", acrescenta o relator.
Reação russa