O Conselho de Segurança da ONU adoptou, na sexta-feira, por unanimidade, uma resolução que amplia, por mais um ano, o mandato da missão de paz no Darfur, lançada em 2008 em parceria com a União Africana.
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A resolução apresentada pelo Reino Unido expressa a "preocupação" do Conselho de Segurança das Nações Unidas pela deterioração da segurança em algumas regiões de Darfur e pelo regresso das hostilidades entre Cartum e o Movimento de Libertação do Sudão (MLS).
Concretamente, o documento refere violações do cessar-fogo, ataques de grupos rebeldes, bombardeamentos aéreos do governo sudanês, confrontos entre clãs tribais e ataques contra pessoal humanitário e tropas de manutenção de paz.
"O Conselho de Segurança exige que todas as partes façam os esforços necessários para alcançar um cessar-fogo permanente de forma imediata e sem condições prévias", lê-se no texto da resolução, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
As Nações Unidas estimam que cerca de 300 mil pessoas tenham sido assassinadas e outras 2,7 milhões obrigadas a abandonarem as suas casas desde que começaram os combates na região sudanesa de Darfur, em 2003.
Os quinze membros do Conselho, entre os quais Portugal, também decidiram prolongar por mais um ano o mandato do grupo de peritos que supervisiona o cumprimento das sanções aplicadas à Somália e Eritreia.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas encarregou este órgão, composto por oito especialistas, de controlar as actividades da milícia islâmica radical Shebab, designadamente investigar atividades nos portos somalis dos quais esta milícia possa retirar qualquer benefício financeiro.