O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, considerou "decepcionante" os resultados nas eleições autárquicas de Inglaterra, desta quinta-feira, em que os Tories perderam pelo menos 1038 assentos em conselhos locais.
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O chefe do Executivo do Reino Unido afirmou, no entanto, não ter detetado "nenhuma onda de apoio massiva" aos opositores trabalhistas ou "entusiasmo pela sua agenda". De acordo com a BBC, o Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, ganhou mais 517 cadeiras em toda a Inglaterra.
"Não se enganem, estamos a caminho de uma maioria trabalhista nas próximas eleições gerais", disse Starmer a militantes em Medway, no Sudeste de Inglaterra, cujo conselho foi conquistado pelo partido. Com os Tories em baixa, o líder da oposição espera que o regresso dos trabalhistas ao Governo britânico aconteça em 2024, após 14 anos, apontou o jornal "The Guardian".
Enquanto os trabalhistas tentam reconquistar antigos redutos eleitorais no Norte do país, perdidos em 2019, os liberais democratas conquistaram diversos assentos no Sul contra os conservadores. A terceira força política inglesa ganhou mais 408 cadeiras locais, também segundo a BBC.
Tories em risco nas eleições gerais
As previsões da consultora Electoral Calculus afirmam que, caso as eleições parlamentares fossem hoje, os conservadores perderiam 185 de 354 assentos na Câmara dos Comuns, ficando com 169. Os trabalhistas mais que dobrariam o número de representantes, indo de 196 para 409 dos 650 parlamentares. O Partido Nacional Escocês diminuiria de 45 para 32 cadeiras, enquanto os liberais democratas acrescentariam mais dois assentos, chegando aos 16.
A crise causada pelo aumento do custo de vida e a inflação são o calcanhar de Aquiles dos Tories. "Temos de fazer melhor e temos de aprender com esta noite [de eleição]", disse o ministro de Estado para os Assuntos dos Veteranos, Johnny Mercer, citado pelo "The Guardian".