Consola de videojogos denunciou mãe espanhola antivacinas que escondeu filhos em Portugal
A mãe sevilhana e os dois filhos menores de idade que estavam desaparecidos, depois de a progenitora os ter escondido por recusar vaciná-los contra a covid-19, foram localizados em Portugal na semana passada pelas autoridades graças ao sinal da consola de videojogos da criança mais velha.
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Segundo avançou o diário espanhol "El Mundo", as autoridades conseguiram localizá-los em Aljezur, no Algarve, depois de Diego, de 14 anos, ter ligado a consola de jogos Nintendo à rede Wi-Fi da propriedade de alojamento local onde se encontrava "refugiado" com a mãe e o irmão mais novo, há uma semana e meia.
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Através do IP da consola de videojogos, foi possível rastreá-los, dias depois, algures perto do Castelo de Aljezur, na costa algarvia. No entanto, não foi possível precisar exatamente a localização onde se encontravam.
Na terça-feira passada, agentes da Guardia Civil, acompanhados por membros da Polícia Judiciária portuguesa, fizeram buscas na zona, mas sem sucesso. Um dia depois, a progenitora viajou para Sevilha, onde entregou os menores num tribunal.
Detida de imediato, Cristina Copano foi presente a um juiz, mas acabou por sair em liberdade. Está agora acusada de alegado rapto parental dos dois filhos, que não eram vistos desde 16 de dezembro. O tribunal aplicou-lhe adicionalmente uma medida cautelar de afastamento das duas crianças, com as quais também não poderá comunicar.
Segundo adiantou o advogado, o objetivo da sua cliente era defender os dois menores, entretanto entregues ao pai, "dos possíveis efeitos colaterais graves" das vacinas. Recorde-se que Cristina Copano é contra a vacinação da covid-19, mas também do tétano ou da rubéola.
Os progenitores das duas crianças divergiam em relação à inoculação dos filhos contra a covid-19. No entanto, o tribunal tinha dado razão ao pai, que era favorável à vacinação.
Segundo o que disseram fontes próximas da investigação ao "El Mundo", para fugir, Cristina terá contado com a ajuda do atual parceiro, um septuagenário naturopata antivacinas.
Este é o primeiro caso conhecido, em Espanha, de um progenitor que alegadamente "sequestra" os filhos para evitar que sejam vacinados.
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