"Continuaremos a atacar sem piedade o Hezbollah em todas as partes do Líbano", diz Netanyahu
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu esta segunda-feira que Israel continuará "a atacar sem piedade o Hezbollah", incluindo em Beirute, num vídeo divulgado pelo seu gabinete.
Corpo do artigo
"Quero ser claro: continuaremos a atacar sem piedade o Hezbollah em todas as partes do Líbano, incluindo Beirute", disse Netanyahu durante uma visita a uma base militar atingida no dia anterior por um ataque com um drone do movimento xiita libanês.
O ataque do Hezbollah matou quatro soldados israelitas e feriu outros 67 na base militar da brigada de elite Golani em Binyamina, perto da cidade de Haifa, no norte de Israel.
Mais tarde, o Hezbollah assumiu a autoria do bombardeamento, salientando que foi uma resposta aos "ataques e massacres" cometidos pelo Exército israelita no Líbano, e advertindo que esta é apenas "uma pequena parte do que o espera" no sul do país.
Na visita à base de treino atingida, o chefe do Governo israelita voltou a referir-se a uma "luta contra o eixo do mal no Irão", como costuma designar a aliança entre a república islâmica, o Hezbollah no Líbano, as milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque, e os rebeldes huthis do Iémen.
"Estamos a travar uma dura campanha contra o malévolo regime do Irão, que quer acabar por nos matar. Não o vão conseguir, continuamos a lutar. Estamos a pagar preços elevados, mas temos grandes conquistas e continuaremos a alcançá-las", declarou o líder israelita no vídeo publicado nas redes sociais.
Netanyahu destacou ainda o "espírito de unidade" entre as tropas do Exército israelita, "que entendem que estão a lutar pelo bem de Israel".
Israel e o Hezbollah trocaram tiros diariamente ao longo da fronteira israelo-libanesa no último ano, quando o grupo armado xiita partiu em apoio do seu aliado Hamas na Palestina, no início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.
Na ultima quinzena de setembro passado, Israel anunciou que ia deslocar o foco das suas operações militares da Faixa de Gaza para o Líbano e deu início a uma campanha de intensos bombardeamentos no sul do país e nos subúrbios da capital, Beirute, matando o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e numerosos elementos de topo da sua hierarquia.