O governo jordano anunciou, esta quarta-feira, que está disposto a libertar uma jiadista iraquiana presa e condenada à morte em troca do piloto jordano capturado pelo Estado Islâmico.
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O anúncio foi feito por um porta-voz do governo que, porém, não se referiu ao outro refém japonês também em poder dos terroristas.
"A Jordânia está preparada para libertar a prisioneira Sayida al-Rishawi se o piloto jordano for libertado ileso. Desde o primeiro momento, a posição da Jordânia é garantir a segurança do nosso filho, o piloto Maaz al-Kassasbeh", disse o porta-voz citado pela televisão estatal.
Os pais dos reféns que o Estado Islâmico ameaça executar - o japonês Kenji Goto, um jornalista de 47 anos, e piloto jordano Maaz al-Kassasbeh - fizeram também esta quarta-feira um apelo desesperado às autoridades dos seus países para que evitem a execução dos filhos.
Junko Ishido, a mãe do jornalista Kenji Goto, dirigiu o seu apelo ao primeiro-ministro japonês, diante de jornalistas, em Tóquio. "Por favor, salve a vida de Kenki", implorou.
Na terça-feira, o Estado Islâmico ameaçou executar dentro de 24 horas os reféns caso as autoridades de Amã não libertem a jiadista iraquiana Sajida al-Rishawi, de 44 anos, que está presa numa prisão jordana e foi condenada à morte, em 2006, pelo envolvimento em ataques terroristas perpetrados a 9 de novembro de 2005.
Kenji Goto foi feito refém em finais de outubro, enquanto o piloto Maaz al-Kassasbeh foi capturado a 24 de dezembro depois do seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no norte da Síria.
O piloto participava num ataque aéreo contra as posições do EI, no âmbito das operações da coligação internacional de combate contra os jiadistas.