A Coreia do Norte classificou de "provocação atroz" e "bloqueio económico de grande escala" o programa de sanções imposto por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, pelo seu mais recente teste nuclear.
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O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte referiu esta quarta-feira, em comunicado publicado pela agência estatal KCNA, que as sanções são "resultado de uma provocação atroz destinada a privar a República Popular Democrática da Coreia do seu legítimo direito de autodefesa e para sufocar completamente o seu estado e as suas pessoas através de um bloqueio económico em larga escala".
A declaração acrescenta que as sanções propostas servem para Pyongyang verificar que "o caminho que adotou é absolutamente correto".
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O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade um novo conjunto de sanções à Coreia do Norte pelo seu programa nuclear, interditando as exportações têxteis e reduzindo o seu abastecimento em petróleo e gás.
As sanções são menos drásticas do que o previsto inicialmente pelos Estados Unidos, que exigia uma proibição total dos países membros da ONU venderem à Coreia do Norte gás, petróleo e produtos petrolíferos.
A Rússia e a China, com direitos de veto sobre as resoluções do Conselho de Segurança, manifestaram a sua opinião em relação a alguns pontos, pelo que se abriu uma ronda negocial que permitiu suavizar as medidas.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução depois do exército da Coreia do Norte ter realizado a 3 de setembro o sexto e mais potente ensaio nuclear com uma bomba de hidrogénio.