Piratas informáticos ao serviço da Coreia do Norte roubaram milhões de dólares invadindo empresas de criptomoedas (moedas digitais), segundo um relatório internacional sobre as capacidades cibernéticas do país.
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Os "hackers" criaram também identidades falsas para conseguir empregos remotos em empresas estrangeiras, segundo o relatório da Equipa de Monitorização de Sanções Multilaterais criada no ano passado para fiscalizar o cumprimento das sanções das Nações Unidas (ONU) por parte da Coreia do Norte.
O grupo de monitorização é composto pelos Estados Unidos, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Reino Unido.
A Coreia do Norte usou as criptomoedas para o branqueamento de capitais, ou seja, ocultou a origem de fundos obtidos ilegalmente, segundo o documento.
De acordo com o relatório, a Coreia do Norte utilizou também as moedas digitais para fazer compras militares, escapando às sanções internacionais ligadas ao programa nuclear norte-coreano.
Os "hackers" ao serviço da Coreia do Norte têm como alvo empresas e organizações estrangeiras com "software" concebido para perturbar redes e roubar dados confidenciais, informou o relatório.
As ações cibernéticas da Coreia do Norte "estão diretamente ligadas à destruição de equipamento informático físico, ao risco de vidas humanas, à perda de bens e propriedades dos cidadãos e ao financiamento dos programas ilegais de armas de destruição maciça e mísseis balísticos" do país, refere o documento.
No início deste ano, "hackers" da Coreia do Norte realizaram um dos maiores roubos de criptomoedas da história, num total de 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,2 milhões de euros) à empresa de criptomoedas Bybit.
