
Juliana Marins (à esquerda) e a irmã mais velha, Mariana
Foto: Resgatejulianamarins / Instagram
O corpo da brasileira que morreu depois de cair num trilho vulcânico na Indonésia vai voltar a ser autopsiado depois de chegar ao Brasil. O pedido para a realização de novos exames foi feito pela família de Juliana Marins. A viagem acontece esta terça-feira.
A Emirates Airlines deu conta de que o voo em que segue o corpo de Juliana Marins, a mulher de 26 anos que morreu junto a um vulcão na Indonésia, chega esta terça-feira a São Paulo, e será depois levado para o Rio de Janeiro.
A família de Juliana pediu uma nova autópsia ao corpo, tendo dado entrada na Justiça com a documentação necessária para a realização de novos exames, que devem ser realizados até seis horas depois do desembarque do corpo, para apurar as circunstâncias da morte.
Ainda na Indonésia, tinha sido feita uma autópsia onde as autoridades apontaram que a turista tinha sofrido um traumatismo torácico, que causou lesões em vários órgãos e hemorragia interna. "Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e hemorragia", disse o especialista forense Ida Bagus Alit à imprensa indonésia, na sexta-feira passada.
A família de Juliana tinha deixado um apelo nas redes sociais a pedir informações sobre o voo. A irmã mais velha de Juliana, Mariana Marins, referiu que a trasladação deveria ter sido feita no domingo, o que acabou por não acontecer. "Misteriosamente, a parte do porão de carga ficou ‘lotada’”, afirmou, citada pelo G1.
O pedido para a nova autópsia foi feito com a ajuda dos serviços jurídicos da Câmara de Niterói, de onde é natural a mulher que morreu, quando estava a realizar uma viagem por vários países asiáticos. "Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União, que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia", informou Mariana Marins.
A jovem estava num grupo de cinco turistas para conhecer o Monte Rinjani, a mais de três mil metros de altura. Caiu num trilho, tendo ficado várias horas à espera de resgate. As autoridades acreditam que se manteve viva por apenas 20 minutos depois da queda. O corpo foi resgatado três dias depois, tendo sido feitas várias tentativas de resgate que falharam por causa do mau tempo. A família acredita que a brasileira poderia ter sido salva se tivesse sido alcançada em algumas horas, em vez de dias. "Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipa de resgate. Se a equipa tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7 horas, a Juliana ainda estaria viva", escreveu a família, na quarta-feira passada, no Instagram. "Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam da Juliana!".

