Corpos em decomposição, alguns deles com até 15 anos, foram encontrados atrás de uma porta falsa numa agência funerária norte-americana gerida por um médico legista do condado, segundo documentos oficiais.
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Os inspetores que chegaram à morgue de Davis, no Colorado, para uma inspeção anual de rotina, na quarta-feira, notaram "um forte odor a decomposição", segundo documentos publicados pelo Departamento de Agências Reguladoras do Colorado. As autoridades também repararam numa porta no local em Pueblo, perto de Colorado Springs, que estava escondida por um painel de cartão.
O operador da agência funerária, Brian Cotter, que também serve como médico legista do condado de Pueblo, pediu aos inspetores para não entrarem no local. Quando o fizeram, encontraram "vários corpos em vários estados de decomposição", segundo os documentos.
Cotter afirmou que os corpos aguardavam a cremação e admitiu que alguns corpos estavam na sala há aproximadamente 15 anos. O operado admitiu ainda que pode ter emitido cinzas falsas a familiares próximos.
Os inspetores ordenaram que o necrotério deixasse de funcionar imediatamente.
De acordo com o site do Condado de Pueblo, Cotter exerce as funções de médico legista do condado desde 2014.
No ano passado, os restos mortais cremados de dezenas de pessoas foram encontrados numa casa enquanto esta estava a ser limpa após o despejo do seu antigo ocupante, um antigo agente funerário. Um carro funerário descoberto no local continha o corpo de uma mulher que tinha morrido 18 meses antes. Em 2023, quase 200 corpos em decomposição foram encontrados numa agência funerária decrépita após os vizinhos se terem queixado de um odor desagradável na propriedade perto de Colorado Springs. Antes ainda, em 2018, o FBI descobriu que os diretores de um estabelecimento vendiam partes de corpos em todo o Mundo e davam às famílias enlutadas mistura de cimento em vez de restos mortais.
Segundo o "Denver Post", o Colorado é o único estado dos EUA em que os diretores das agências funerárias não precisam de licença e as próprias agências funerárias são pouco regulamentadas.