O chefe da Protecção Civil italiana, Franco Gabrielli, disse, no domingo, que existem dados que sugerem que existiam imigrantes ilegais a bordo do "Costa Concordia", quando este naufragou, no dia 13, em Itália.
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Depois da descoberta de mais uma vítima, no sábado, que não consta da lista de desaparecidos, as autoridades italianas põem a hipótese de existirem mais passageiros a bordo, do que aqueles que estão registados na lista oficial disponibilizada pela Costa Cruzeiros.
Franco Gabrielli fez alusão ao caso de uma jovem húngara, cujo desaparecimento foi relatado pelos pais, mas cujo nome não consta da lista de desaparecidos.
Os cinco corpos recuperados, durante a semana passada, ainda não foram identificados e cerca de 20 pessoas ainda estão listadas como desaparecidas do navio, que transportava pelo menos 4229 pessoas de 60 países.
Tendo em conta estes resultados, Gabrielli pediu aos jornalistas "para não fazerem grandes operações matemáticas sobre as operações de resgate", porque estas só causam confusão e porque podem enganar os familiares das vítimas.
A empresa Costa Cruzeiros nega a possibilidade de existirem imigrantes ilegais a bordo, esclarecendo que todos os passageiros são registados e fotografados antes de entrarem no navio.
"A Costa Cruzeiros é uma empresa respeitável e esse tipo de sugestão é impensável", assegurou Giampedroni Manrico, chefe dos empregados de mesa do "Concordia".
O "Costa Concordia" naufragou há dez dias junto à ilha de Giglio, na região da Toscânia, Itália, depois de se desviar da sua rota e embater em rochas, encontrando-se parcialmente submerso e virado.