O presidente do Conselho Europeu encontrou-se, esta quarta-feira, com o secretário-geral da NATO para preparar a reunião informal com os líderes da União Europeia (UE) agendada para fevereiro, frisando que o reforço dos laços entre os dois blocos "é essencial".
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"Tive um bom encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), [Mark] Rutte, para preparar o encontro informal sobre defesa no dia 3 de fevereiro", escreveu António Costa nas redes sociais.
Na mesma mensagem, o presidente do Conselho Europeu destacou que ambos concordaram que o "reforço mútuo desta parceria estratégica é essencial para a segurança da Europa".
"A UE e a NATO são mais fortes trabalhando em conjunto. Também vamos continuar o apoio inabalável à Ucrânia", completou António Costa.
Os líderes dos 27 países da UE reúnem-se no dia 3 de fevereiro, próxima segunda-feira, para um encontro informal centrado unicamente no debate sobre o reforço da defesa e segurança do bloco comunitário.
António Costa escolheu este formato para possibilitar uma discussão alargada sobre o tema e, mais tarde, voltar a abordá-la numa cimeira formal, de maneira a avançar com medidas para melhorar a cooperação neste setor entre os Estados-membros.
O secretário-geral da NATO é um dos convidados deste retiro informal de líderes, que contará com outro convidado: o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
O presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, têm insistido na necessidade de reforçar a cooperação entre o bloco político-económico e o bloco político-militar, do qual Portugal é país fundador.
A nova administração dos Estados Unidos da América lançou a incerteza na Aliança Atlântica, uma vez que o presidente Donald Trump já falou de um investimento de pelo menos 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa para cada um dos 32 países da NATO - dos quais 23 são Estados-membros da UE.
Portugal, por exemplo, só prevê alcançar os 2% do PIB em 2029. Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse a Mark Rutte, que se deslocou a Lisboa, que o país estava disponível para antecipar essa meta, mas não se comprometeu com uma data.
Ainda assim, os 2% do PIB em defesa estão abaixo do pedido pelo presidente dos Estados Unidos e também do defendido pelo próprio secretário-geral da NATO, que diz que investir essas percentagens já não é suficiente face à ameaça que a Rússia representa e também outros países.