Cozinhar com fogões a gás mata 40 mil pessoas por ano na UE e Reino Unido
Os poluentes resultantes de cozinhar com fogões e fornos a gás estão relacionados com cerca de 40 mil mortes prematuras na União Europeia e Reino Unido, segundo um estudo da universidade espanhola Jaume I, que analisou os dados relacionados com os impactos do dióxido de azoto na saúde.
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São presença ainda comum em muitas cozinhas portuguesas e um foco de poluição que habitualmente passa despercebido do grande público, mas os fogões a gás, "de uma perspetiva de saúde pública", são "tóxicos", afirma à Bloomberg Juana Maria Delgado-Saborit, autora principal do trabalho divulgado esta segunda-feira, sobre o impacto na saúde destes aparelhos domésticos. E o impacto nas mortes prematuras é "bem pior do que pensavamos".
Em causa, está o resultado do estudo que associa o dióxido de azoto libertado no interior das casas à morte prematura de 40 mil pessoas por ano na Europa e no Reino Unido, mas também ao aumento de casos de asma infantil e em adultos. E esta é uma estimativa conservadora do impacto na saúde destes aparelhos, já que a investigação não se focou no impacto de outros poluentes na saúde. Por comparação, em 2022, 20.640 pessoas morreram na União Europeia e 1.766 no Reino Unido, em acidentes de viação.