A Polónia é território seguro para os ucranianos que fogem da guerra. Na estação de autocarros de Cracóvia, milhares de pessoas chegam à cidade com lágrimas nos olhos, mas também com um sorriso no rosto.
Corpo do artigo
Só chegam mulheres e crianças. Os homens ficam na Ucrânia, às ordens da lei marcial e mobilizados para o combate. Na estação central de Cracóvia, há pressa e tensão. Cansadas de dezenas de horas de viagem, as mulheres trazem as malas com pouca coisa e as crianças, sobretudo as mais pequenas, brinquedos na mão.
Aline Manu, 26 anos, é voluntária. Recebe os compatriotas e ajuda como pode as famílias divididas. "Só chegam mulheres e crianças, os homens ficam para combater. Mas eles preferem ter as famílias em segurança para se concentrarem no que tem que fazer".
Aqueles que têm a sorte de ter família na Polónia são recebidos em lágrimas por quem os vai acolher nos próximos tempos.
Os homens ucranianos que já vivem na Polónia são agora a retaguarda dos compatriotas que viram a guerra ir ter com eles. No café da estação central de Cracóvia, uma avó uma mãe e duas crianças nem chegam a sair do terminal. Entram no café e pedem almoço para quatro: panados, puré e salada. É só no olhar que se percebe que estar seguro não chega para estar feliz.