David Cameron admitiu ao jornal inglês "The Guardian" que vendeu a participação que tinha no fundo "Baltimore Holdings" por mais de 37 mil euros, quatro meses antes de se tornar primeiro-ministro.
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O primeiro-ministro de Inglaterra reconhecer, esta quinta-feira, que tinha, juntamente com a esposa, uma participação no fundo que integra a lista dos registos publicados no âmbito a "Documentos do Panamá".
O fundo foi criado por Ian Cameron, pai do primeiro-ministro inglês, nos anos 80, mas David Cameron sempre recusou que servisse para fugir aos impostos.
A participação da família foi vendida depois de forma lucrativa, rendendo mais de 23 mil euros (cerca de 19 mil libras), e conseguiu evitar a cobrança de mais-valias fiscais no valor de 370 euros.
O primeiro-ministro garantiu ter declarado os dividendos anuais recebidos a partir do investimento, e ter pago o imposto de renda sobre qualquer retorno. Num primeiro momento, os responsáveis de Downing Street disseram que o assunto era uma "matéria privada". Mas David Cameron acabou por ter de explicar, cinco dias depois do estalar da polémica, como surgiu associado o seu nome aos documentos do Panamá.