Fundador do Wikileaks regressou hoje à Austrália, depois de ouvir, na Ilha Saipan, a sentença que lhe restituiu a liberdade, após 14 anos de calvário judicial no Reino Unido.
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“Este caso termina comigo, aqui em Saipan”, declarou hoje a juíza Ramona Manglona no final da audiência no tribunal da capital das Ilhas Marianas do Norte – território norte-americano no Pacífico –, onde foi declarada a sentença que devolveu Julian Assange à liberdade, depois de o fundador do portal Wikileaks se ter declarado culpado de violar a lei de espionagem dos EUA ao divulgar documentos confidenciais de Defesa nacional, num caso que remonta a 2010 e o atirou para 14 anos de cativeiro. Assange chegou ainda hoje a Camberra, na Austrália, onde o aguardavam família e apoiantes, no esperado regresso a casa do homem que expôs a atuação de Washington nas guerras do Afeganistão e Iraque.
“O meu nome é Julian Paul Assange”, foram as primeiras palavras proferidas pelo arguido no último capítulo de uma longa saga judicial que culminou esta quarta-feira no tribunal de Saipan, onde Assange esperou três horas por uma audiência em que se declarou culpado no âmbito de um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, que haviam lutado pela sua extradição do Reino Unido, onde o jornalista esteve em reclusão nos últimos 14 anos.