A decisão do Equador de conceder asilo político ao fundador da WikiLeaks, Julian Assange, "não muda nada", dado que o Reino Unido tem a obrigação de o extraditar para a Suécia, afirmou, esta quinta-feira, em comunicado o Governo britânico.
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"Estamos desiludidos" com a decisão de Quito, indicou o Foreign Office, o equivalente ao ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, em comunicado.
"Mas, de acordo com a nossa legislação, Assange esgotou todas as possibilidades de recurso e as autoridades britânicas têm a obrigação de o extraditar para a Suécia. (...) A decisão do Governo equatoriano não muda nada", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
O Governo britânico afirmou, no entanto, que continua a procurar "uma solução negociada que permita (às autoridades) cumprir as suas obrigações no quadro do tratado de extradição".
O Equador anunciou hoje que decidiu conceder asilo político ao fundador do "site" WikiLeaks Julian Assange, refugiado há dois meses na embaixada equatoriana em Londres.
Assange, de 41 anos, é reclamado pela Suécia por alegada violação e agressão sexual a duas mulheres em 2010. Refugiou-se na embaixada do Equador em Londres e pediu asilo político a Quito por temer uma eventual deportação da Suécia para os Estados Unidos.
Assange provocou a ira dos Estados Unidos por divulgar no "site" WikiLeaks milhares de mensagens diplomáticas e documentos que embaraçaram Washington.